NESTAS FESTAS DE FIM DE ANO
Nestas festas de fim de ano
cumprimos solidárias promessas,
sonhos humanos de estima fraterna
e desinteressado amor.
Invocamos os mitos amorosos de esperados profetas,
crentes nas possíveis manhãs para renascer.
Por momentos, enquanto é farto o pão,
embriagante o vinho,
infinitas as luzes,
vivemos dias sem remorsos.
Não estão à nossa mesa os desterrados do mundo,
os desertados do amor.
Não vêm à ceia abastada
os miseráveis das ruas, os refugiados sem abrigo.
Nossos gritos de exaltação,
nossas salvas e vivas não incluem a mudez
que cala a injustiça.
Fazemos votos de amor perene
e de perene encontro de corações e almas.
Nada disso nos absolve.
Nada nos conduz
à utopia original que desenhamos
no abandono humilde de uma manjedoura de Belém.
Nada disso nos comove mais.
E de alguma cruz de atroz e luminosa memória
amanhã, outra vez, conciliados,
NOS ESQUECEREMOS.
sonhos humanos de estima fraterna
e desinteressado amor.
Invocamos os mitos amorosos de esperados profetas,
crentes nas possíveis manhãs para renascer.
Por momentos, enquanto é farto o pão,
embriagante o vinho,
infinitas as luzes,
vivemos dias sem remorsos.
Não estão à nossa mesa os desterrados do mundo,
os desertados do amor.
Não vêm à ceia abastada
os miseráveis das ruas, os refugiados sem abrigo.
Nossos gritos de exaltação,
nossas salvas e vivas não incluem a mudez
que cala a injustiça.
Fazemos votos de amor perene
e de perene encontro de corações e almas.
Nada disso nos absolve.
Nada nos conduz
à utopia original que desenhamos
no abandono humilde de uma manjedoura de Belém.
Nada disso nos comove mais.
E de alguma cruz de atroz e luminosa memória
amanhã, outra vez, conciliados,
NOS ESQUECEREMOS.
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